quinta-feira, 8 de abril de 2021

Parceria: Autora Anna Andrade

E aí, pessoal! Como vocês estão? Hoje apresento para vocês a nossa mais nova autora parceira: Anna Andrade!


Anna Andrade é uma cearense apaixonada por romances com aventuras. Adora debater sobre filmes, séries e livros em seu site, beladistopia.com. Escrever sua opinião não foi o suficiente para saciar seu amor pelas palavras, então, embarcou na carreira literária durante a faculdade de Direito, quando começou a postar suas histórias na plataforma Wattpad.

A Anna está para lançar a obra "Elegidos" pela Editora Flyve, selo Voe. Trata-se do primeiro livro de uma trilogia distópica que tem tudo e mais um pouco para conquistar seu coração!


Confiram a sinopse:



Frederico Alves não esperava que sua vida mudasse de forma alguma. Com três empregos e uma avó com Alzheimer, estava acostumado com o que tinha. As notícias sobre uma possível guerra entre os apoiadores de Edgar Blake e o Leste Sombrio nunca foram de sua importância até ser chamado para fazer um serviço na Prefeitura.

O que parecia ser um dia normal de trabalho, termina com Frederico sendo um herói nacional por ter salvo o presidente da Área 90 enquanto os misteriosos Elegidos foram apagados das notícias. Visto por alguns como magia e por outros como mutação, os Elegidos são humanos com habilidades extraordinárias, assim como parte da população mundial, o que inclui Frederico. A proposta para entrar no Projeto 375 veio em seguida e, mesmo com os riscos, o rapaz aceitou.⠀

O livro incorpora o perigo de “Jogos Vorazes”, a fluidez das obras de Sarah J. Maas, a força feminina de “A Rainha Vermelha” e desenvolve um universo tão criativo quanto “Uma Chama entre as Cinzas”.


Quem aí é fã de uma bela distopia (ó a referência rsrs)? Fiquem atentos porque em maio saí a pré-venda e com ela a nossa resenha! Enquanto isso, acompanhem também a nossa parceira pelas redes sociais para estar por dentro de todas as novidades.

Beijos e até a próxima.


Por Babih Hilla.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Civil, Vigilantes Brasileiros e mais umas coisinhas

Fala ai, suavão? Devagar quase parando vamos voltando (?) com as postagens. Seguindo o ultimo post feito pela Babih sobre Civil, de Everton Gullar, me vieram na cabeça dois personagens que já tive contato e também são criações nacionais.

Pra quem não leu, Civil narra a transformação de um brasileiro com problemas e consciência social (se você ainda bate palmas pra GENOCIDA, creio não ter noção do que falo, mas vida que segue) em um justiceiro que tenta fazer sua parte matando políticos e empresários corruptos, desmantelando rede de tráfico de drogas e pessoas, enfim, diminuir o podre da sociedade.

Não que ele busque elevação espiritual ou algo do tipo, o que tenta é direcionar todo o ódio e frustração de uma vida de servidão e controle de diagnósticos taxativos e remédios supressores em algo vantajoso para os demais. Facadas mal dadas (e muito bem orquestradas) à parte, quem nunca pensou que o mundo seria melhor sem certos indivíduos?

Partindo da premissa “f*da-se vocês, f*da-se suas leis” (Dedo na Ferida, Emicida e Criolo, 2013), após ler Civil me vieram na cabeça duas obras que tive contato num intervalo gigante de tempo.

De Marcelo Campos, Quebra-Queixo narra contos do titular (QQ para os íntimos) que faz parte da Força Zero, um grupo policial ‘megapikadasgaláxias’ chamado para resolver casos que a força policial comum não dá conta. É uma HQ repleta de violência e humor ácido e o estilo de QQ é parecido ao do Juiz Dredd que agrega cargos de polícia, juiz, juri e executor. Tive contato no começo do século, lá por 2000 e muito pouco, quando nem tinha preferências literárias definidas, mas o que conhecia de HQs nem chegava perto.

Pulando uma década e meia tive o prazer de conhecer O Doutrinador, criação de Luciano Cunha, o vigilante que vários amariam conhecer. Miguel, O Doutrinador, é um agente federal altamente treinado que vive num Brasil governado por uma quadrilha de políticos e empresários (Wikipedia salvando no resumo).

Qualquer semelhança com a realidade não é coincidência, obra carregada de críticas ao governo, foi recusada por várias editoras por medo de processos, visto que falar a verdade nesse país não é visto com bons olhos e mesmo como obra de ficção a censura pega valendo (quem acha que não volte na música de Emicida e Criolo por gentileza e saiba que nem 10 anos atrás ela foi motivo de prisão do Sr. Leandro Roque de Oliveira, vulgo Emicida, por ser cantada ao vivo, isso ai, nerd MC preso por falar a verdade).

Mesmo com semelhanças (justiceiros ou vigilantes, como queiram chamar), Civil destoa por se tratar de uma pessoa sem treinamento e que não faz parte de força especial, simplesmente dá algum objetivo para a vida tentando diminuir o sofrimento alheio. Não romantizando o assassinato ou a justiça com as próprias mãos, mas há muita lógica nas ações de Heron. Como já colocado, ele não faz o que faz pelo utópico desejo de um mundo melhor, mas sim por ser o que pensa poder fazer para direcionar seus sentimentos e frustrações.

Enfim, quero saber: alguma obra que leve essa premissa já te chamou a atenção? Sempre bom conhecer mais, melhor ainda quando parte da mente de brasileiros.

Por Thiago Luiz Natus.

terça-feira, 16 de março de 2021

"Civil", de Everton Gullar

Olá, leitores? Como estão? Depois de um tempinho longe daqui (mudança, gatas novas, covid na família), trago para vocês hoje a resenha de uma obra que foi uma surpresa muito gostosa: "Civil, a história peculiar de um anti-herói urbano", do nosso autor parceiro Everton Gullar!

Heron nasceu e cresceu no Distrito, a cidade mais violenta do Estado. Criado por sua mãe, trilhou seu caminho como qualquer outro cidadão comum. Desde criança, sentia muita raiva no coração, não entendia como as coisas podiam ser tão injustas. Heron cansou de ser esmagado. Depois de tanta renúncia, decide se levantar contra os inimigos sem rosto que rondam o Distrito, e com a ajuda de uma parceira tão maluca e perigosa quanto ele começará a guerrear pela paz de uma forma não linear!

Leitores! É a primeira vez que leio uma obra do gênero Noir e digo para vocês: foi uma experiência muito boa!

Eu não tinha uma noção certa de como a história terminaria, claro que tinha minhas apostas, porém o final me deixou surpresa e querendo muito mais.

Heron não é bem um mocinho, na realidade ele é um anti-herói, que faz aquilo que muitos gostariam de fazer com as próprias mãos, se não houvesse o óbice das leis (se você é um "bom cidadão" que respeita estas, é claro).

E, no decorrer da história, o nosso anti-heroi conhecerá uma garota tão peculiar quanto ele!

Não, não temos aqui um "romance romântico" e eu gostei muito disso, pois é uma obra diferente, bem nacional mesmo, não tem como não pensar na realidade de muitos brasileiros e no sofrimento e injustiças que passam no dia a dia.

O Heron não é um cara perfeito. Na real, ele tem muitos problemas como a maioria das pessoas, o que me fez torcer por ele, mesmo não simpatizando com todas as suas ações e, nesse sentido, talvez nem todos os leitores "vão ir com a cara dele" (mas acredito que serão poucos, anotem o que eu digo).

Os capítulos se passam no presente e no passado e conforme a leitura progride o leitor vai montando o quebra-cabeça e conhecendo mais a história de Heron.

Eu gostei muito da escrita do Everton e estou ansiosa para saber como essa história vai continuar. Recomendo muito a leitura!

Beijos e até a próxima.

Por Babih Hilla.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

"Killian, Robert Killian", de Eduardo Alves

Olá, como vocês estão? Aqui, como disse Richard Gilmore, estamos melhor que uns, pior que outros, mas não tão mal quanto a maioria. E vamos de nacionais, com a resenha de "Killian, Robert Killian, do nosso autor parceiro Eduardo Alves:

Sinopse: Robert Killian acorda sem memória num mundo doido para caramba, com cavalos de 6 pernas, girafas ‘bodybuilder’ e baleias com pernas e quase 50 metros de comprimento. Acaba se envolvendo numa guerra contra um tirano e o couro come.

Incrível como em pouco mais de 300 páginas me prendi tanto à história sem perceber. Sabe quando você não pensa muito, só sente? No caso: um ódio profundo pelo vilão, cruel... Arrombado, encaixa melhor; o alívio de descansar um pouco tomando café; ou ainda a satisfação de conhecer alguém que você sabe que te acompanhará pelo resto da vida.

A primeira coisa que pensei quando a Babih falou da premissa de cachoeiras desafiando gravidade e baleias em terra firme foi “deve ser mais um isekai, mas bora ler porque adoro isekai mesmo”. Isekai – mundo diferente em japonês – é um subgênero em que o protagonista se encontra num mundo diferente do seu e tem que se virar. Sabem Alice do Carroll? Então, bem isso ai.

O Novo Mundo é hostil, em especial para as pessoas que o habitam. Tenho a mania de comparar fantasias com crônicas de RPG, afinal há um padrão de personagens, ambientes e situações. Aqui temos guerreiros, ladinos, arqueiros, ferreiros, enfim, perfis presentes numa narrativa. Reinos em guerra, déspotas corrompidos pelo poder.

Te falar que não criei grandes expectativas por ser um estilo que leio desde sempre, mas que ótimo ter me enganado. Só vou dar esse spoiler por estar logo no início e por eu ter interpretado errado: achei que era isekai, entretanto não é, o Novo Mundo é o nosso mundo! Todo diferente, claro, e foi esse esquema que me fez querer ler mais.

É interessante ler sobre um mundo diferente do nosso? Claro, toda a criação da história, desafiar leis da física, novas criaturas belas/horrendas, novos seres racionais... Contudo, uma evolução do nosso mundo com explicações do porque tais alterações aconteceram tem muito valor, pois toma por base o que conhecemos como real e essa extrapolação tem muito potencial e torna a história mais verossímil.

Dei 4 estrelas por ter me perdido em algumas situações. Sou ruim de imagem mental humana, então demoro para associar nomes e descrições físicas, o que fez eu voltar e reler para não me perder quando algum grupo era apresentado. As lutas são de uma brutalidade ‘martinniana’ (GoT), porém fiquei meio perdido em certos momentos por não saber quem é que batia e quem apanhava, mas isso não estraga a experiência.

Mas sabe o que me deixou mais puto? É pequeno. Não deu tempo de me preocupar se tal personagem vive ou morre. Devo ter me prendido tanto na resolução que não parei para simpatizar. Sei lá, só sei que foi assim. Então Eduardo, trabalho maravilhoso, parabéns.

Jaa, mata ne.

Por Thiago Natus.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

"O Velho E O Mar", de Ernest Hemingway

Fala ai, suavidade? Por aqui chuva.

Sabe aquele livro que você nem lembra de onde veio, mas tem mais importância que muito calhamaço lindão na estante? Então, a saga do velho Santiago é um desses. Não recordo como chegou aqui, mas todo ano releio e me emociono com esse livreco de 116 páginas.

Lançado pelo Circulo do Livro (um clube do livro lá de 1970 e vráu), com ilustrações de Ênio Squeff (lindos traços), tive o prazer de ser meu primeiro Hemingway. Nele é narrada a saga de um pescador que já é tratado como azarado pela comunidade por estar a 84 dias sem pegar nenhum peixe.

Logo sabemos que os pais do jovem que ajudou Santiago nos primeiros 40 dias o obrigam a trocar de barco, pois o velho já tem reputação de azarado. Mesmo sem ganhar nada, Manolín ainda ajuda como pode e, depois de ganhar algum dinheiro, quer voltar a sair com ele. Este o proíbe.

Esta conversa se passa em duas páginas. Temos um jovem cheio de respeito e amor pelo velho pescador, que lhe ensinou seu ofício desde os 5 anos e herdou a convicção de que tempos ruins não duram para sempre, mesmo o pai não compartilhando dessa fé.

Sabemos que o velho tem “olhos da cor do mar, alegres e indomáveis” (pg. 10), o que é suficiente para entender que pouco ou nada abala esse senhor. Quando sentam para tomar uma cerveja, outros tentam zombar de seu azar, mas este não se importa, enquanto pescadores mais velhos sentem-se tristes pela situação e tentam não tocar no assunto.

Quando lembram da primeira vez que pescaram juntos, o velho “examinou-o com olhos queimados pelo sol, muito carinhosos e confiantes” (pg. 12) e pergunta se Manolín realmente lembra de tudo ou está criando memórias. Temos uma relação pai e filho que faz um pescador pragmático desafiar a sorte, se fosse realmente seu pai. O jovem age como um amigo que se importa em melhorar do jeito que puder a vida do velho, seja ajudando com as iscas, pagando uma cerveja ou simplesmente conversando sobre beisebol ou qualquer assunto que lhes agrade.

A cabeça de Santiago funciona de uma forma interessante. Por ser um pescador desde sempre, mas estar num nível de pobreza onde usa a única calça dobrada cheia de jornais como travesseiro, sua humildade e respeito pela natureza são louváveis.

Boa parte do livro é um monólogo. Não sabe desde quando, mas desenvolveu o hábito de falar sozinho. Estes ‘diálogos’ se passam entre ele e sua memória, seu desejo de estar com o garoto para que este o ajudasse ou ao menos visse quando fisga o maior peixe de sua vida, seu conhecimento sobre a vida marinha que o cercou desde sempre e, claro, seu embate épico com seu “irmão” na outra ponta da linha.

Perseverança, fé, resistência física e mental, conhecimento de suas capacidades,aceitação de limitações e mais um sem número de lições que você pode absorver. Mesmo relendo sempre, ainda me emociono com o fechamento e respeito cada vez mais a personalidade cativante do velho Santiago.

É verdade, a obra rendeu um Pulitzer de Ficção e um Nobel de Literatura, se isso ajudar a colocá-lo na sua lista de “TBR”. Pra mim o conteúdo já basta.

Longos dias e belas noites.

Por Thiago Natus.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Parceria: Autor Eduardo Alves

Olá, olá, leitores! Como estão? Tenho o prazer de anunciar para vocês a primeira parceria de 2021, com o autor Eduardo Alves!


Eduardo Alves, 20, formado no sistema de ensino público, aspirante a poliglota e, atualmente, estudante de Comércio Exterior na Universidade Anhembi Morumbi. As pessoas mais velhas insistem em chamá-lo de "garoto prodígio" ou "menino de ouro", hoje ele os responde dizendo que se provará como um "Rei dourado".

O Eduardo é autor do livro "Killian, Robert Killian", bora conferir a sinopse:


O que você faria caso acordasse em um mundo completamente... Diferente? Onde baleias andassem e cachoeiras não respeitassem a lei da gravidade. Nosso protagonista não é apenas cercado pela beleza das monstruosidades, mas também por uma guerra que aplaca medo e terror em todos. Killian está com sua espada em mãos enquanto tenta descobrir qual sua função para aquele mundo e qual a função daquele mundo para com ele. Conseguem ouvir o rugido? Temos uma revolução chegando.

A obra pode ser adquirida na versão física no site da Editora Flyve e o ebook na Amazon (disponível no Kindle Unlimited também). Curtiram? Fiquem ligados, pois em breve teremos resenha desse mundo fantástico.

Beijos e até a próxima!

Por Babih Hilla.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

"O afilhado do capeta e outros contos", de Ilma Pereira

Boa noite, leitores! Tudo bom? Hoje trago para vocês a resenha de um livro de contos muito gostosinho! Trata-se de "O afilhado do capeta e outros contos", da nossa autora parceira Ilma Pereira. Confiram:

Sabem aquilo que todo mundo pensa ou alguma vez já pensou em fazer, mas nunca fez ou por causa da lei ou da moral? Então, na obra essa abstenção é ignorada e colocada literalmente na prática! Lendo os primeiros contos eu fico: Ohhhhh! O que se houve como boatos, aqui realmente acontece!

No livro, a Ilma nos conta situações do cotidiano com pitadas de humor, emoção e um pouco de fantasia, suspense e terror. Também temos momentos tão singelos que nos tocam no fundo da alma.

"Achado" é um dos meus contos favoritos, terminei ele pensando: "Rapaz! Isso que é mexer com o leitor!". Outro bem "olhos molhados" foi "Ovo-presente"! Realmente as crias de hoje em dia, cof cof, digo crianças, não fazem ideia do que muitos pais passaram e com certeza muitas coisas simples e singelas da vida se perderam nas últimas décadas. 

Agora, falando dos contos que deram certo medo, temos "Um ossinho ou uma vela?" e "Pressentimento". Minha nossa senhora, esses trouxeram aquela necessidade de ficar olhando pra todo lado e o desconforto característico de se ler histórias de deixar o cabelo em pé kkkkk

Em outros contos, temos também situações no mínimo irônicas que as pessoas cometem no dia a dia, afinal quem não tem algum parente sangue-suga, cujo coração de pedra não se importa com os animais? (a vingança quando ocorre é muito doce rsrsrs).

Preciso dizer: com uma linguagem simples e gostosa, a autora nos guia por "causos" que nossos pais, avós, ou aquele parente bom de lábia contariam para nós. Foi uma leitura muito especial e nostálgica de fazer! Recomendo muito!

Agradeço a Ilma pela oportunidade de apreciar uma obra tão querida que me lembrou muito as histórias contadas pelos meus pais e tias!

E vocês? Curtem a leituras de contos? Beijos e até a próxima!

Por Babih Hilla.