Hobbit de Ouro 2020

Boa tarde, leitores! Tudo bem com vocês? Como hoje é o último dia do ano, nós não poderíamos deixar de postar os livros campeões de audiência aqui no Condado em 2020, ganhadores da primeira edição do "Hobbit de Ouro". 

Para tanto, selecionamos as cinco leituras mais marcantes do ano, seja pela emoção que passaram ou pelas reflexões que geraram. O ano até que rendeu em comparação aos outros, eu (Babih) li 42 livros e o Thiago leu 19.

Bora anunciar os escolhidos (lembrando que todos eles tem resenha aqui no blog)! E os vencedores do Hobbit de Ouro 2020 são:

05 - Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota, do Meteoro Brasil: A leitura dessa obra é essencial para esses tempos conturbados que vivemos, onde as fake news desfilam com a maior cara de pau e as abobrinhas do governo e de gente maliciosa (ou apenas obtusa) são espalhadas aos quatro ventos.

04 - Melhor ano de nossas vidas, da Tayrine Batista: Trilogia muito nostálgica e coração quentinho. Quer ler um romance adorável, com temáticas impactantes e muita emoção? Corre apreciar #MANV! Os personagens farão parte de sua vida!

03 - Pacto Secreto, da Eliane Quintella: Esse livro fará o leitor ficar de queixo caído e virar a madrugada lendo, impressionado com o desenrolar dos fatos, a força da protagonista e as questões levantadas pela autora. Abra sua mente e desfrute o que a história tem a oferecer! 

02 - Krystallo: jornadas para além das fronteiras, de Raphael Fraemam: Fantasia nacional maravilhosa e surpreendente! Estamos ansiosos pela continuação! Krystallo tem uma pitada de tudo: aventura, questões políticas, críticas, animais fantásticos, personagens leais e destemidos e muito mais!

01 - A origem da Magia, de Nikah G.: O mundo precisa conhecer essa trilogia fantástica. A história gerou tanta empolgação, tantos xingamentos com as víboras do enredo (e não estou falando no sentido literal rsrsrs), muita torcida pelo romance, um baita grau de agonia em descobrir a origem da protagonista, bastante ansiedade para dar uns beliscões em um determinado lobinho e muitos suspiros por certos indivíduos da realeza. É uma história mais do que perfeita!

Enfim, 2020 foi um ano de muitas leituras, conhecemos vários autores nacionais formidáveis e suas obras magníficas. Confesso que só temos a agradecer pela oportunidade de poder lê-las e também pelo fato de ter conhecido muitas pessoas queridas e especiais nesse instragram. Quero deixar um beijão especial para os nossos IGs e autores parceiros e desejar um Feliz Ana Novo a todos!

Por Babih e Thiago.

"Os Sucessores", de Douglas Ribeiro

Boa noite leitores! Tudo bem? Hoje trago para vocês a resenha de "Os Sucessores", do Douglas Ribeiro, confiram:

Thriller/ suspense de ficção científica brasileiro? Temos! E que obra maravilhosa de Douglas Ribeiro. Com descrições precisas e acuradas, é um livro de uma pegada só, 180 páginas que passam voando entre perseguições, debates éticos e morais e a boa e velha questão: Há limites para a capacidade do ser humano de fazer merda?

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Sabemos que não, mas me vi preso logo no início com Lúcia, acordando em meio ao devaneio para uma fuga que tem em sua explicação o início de uma corrida contra a maior força de vigilância e segurança do país, o Departamento de Ações Integradas de Segurança.

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Acompanhando Isaque e Lúcia em sua luta pelas próprias vidas somos apresentados aos sucessores, substitutos com as mesmas memórias e respostas que seus equivalentes reais. Uma questão debatida é que a pessoa deve morrer para que possa ser 100% copiada e transformada em algorítimos. Religiosos, cientistas e civis argumentam contra ou a favor do processo.

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Note que a parte física está resolvida. Copiar uma mente e recolocá-la num novo corpo totalmente criado em laboratório com aprimoramentos é possível. O que sempre será debatido – e aqui é feito em várias ocasiões – é a alma ou self, nesse livro insight, se nossa individualidade pode ser “transferida” através dessa cópia.

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Ótima leitura. Melhor ainda por ser nacional. 4,5 no Skoob. Douglas Ribeiro foi uma boa descoberta do ano. E você, conheceu algo nacional de novo?

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Por Thiago Natus.

"A Origem da Magia", de Nikah G.

Boa tarde, leitores! Tudo bem? Hoje trago para vocês a resenha da obra que, até o momento, é a que ocupa o primeiro lugar no pódio de melhores livros lidos em 2020. Ficaram curiosos? Bora conhecer "A origem da magia", da nossa autora parceira Nikah G.:

Aimil Lace é uma meio-humana, da 3ª escala do clã Vermelho, geração distante dos dragões vermelhos (fogo). A adolescente vive preocupada por ter uma aura tão fraca que sequer consegue soltar uma faísca, fato que não passa despercebido pelas "colegas" de escola que chamam a garota de Aimil "aura quebrada".

Essa preocupação só aumenta quando na cerimônia de transição para o segundo colegial, Aimil não consegue acender uma vela. E as coisas não param por aí: ela se sente cansada, há meses vem perdendo peso e tendo sempre o mesmo sonho do precipício... O que será que está acontecendo com essa cabecinha de vento?

Leitores! Em "A origem da magia", primeiro livro da trilogia "A era dos dragões", conhecemos a história e aventuras de Aimil Lace e seus amigos Theobard (o meio-gigante) e a doce Flan, aos quais posteriormente se junta Cinnia.

Esse acréscimo na rodinha de amigos, é devido ao caráter exemplar de Aimil, que a leva ser convidada a passar um tempo semanalmente com Cinnia, uma princesa fora dos padrões (a realeza estuda no mesmo colégio). Em decorrência disso, as duas acabam virando grandes amigas, apesar da diferença de "classe" e idade, amizade que será essencial em diversos pontos da história, principalmente quando a Aimil fará uma descoberta de tirar o chão de qualquer um, seja humano, mestiço, ou o que for.

E, por falar na história, preciso exaltar para vocês como ela é empolgante e envolvente, a ponto de me pegar no trabalho pensando sobre o que aconteceria na sequência. A Aimil descobrirá quem realmente é? Como será o desenrolar dos fatos em relação ao príncipe Kieran e o misterioso Doru?

A leitura é muito fluída! A autora sabe como prender o leitor e não soltar mais sua atenção pelas próximas semanas, seja lendo a obra ou matutando no chuveiro como Aimil lidará com os desafios impostos a ela.

Destaco que no livro somos apresentados não apenas aos dragões, seus clãs e escalas, mas também aos lobisomens, fadas, vampiros, meio-humanos, que fazem parte do universo maravilhoso criado pela Nikah G.

É uma fantasia romântica envolvendo adolescentes (nada de romance bobo) que estão descobrindo seu lugar no mundo e terão uma jornada cheia de aventura, perigos e mistérios. 

Os personagens são cativantes, bem construídos e até mesmo sedutores (Doru s2). Falo isso pois eu não costumo ter "crushs literários". Contudo, dessa vez tive que abrir uma exceção para o príncipe Kieran e o Doru. Essa danada da Nikah me fisgou direitinho. Eu mal posso esperar para ler a continuação, ainda mais considerando que a Aimil promete se tornar uma protagonista forte e batalhadora.

E vocês o que acharam? Curtem uma fantasia romântica com muitos mistérios? Bora trocar figurinhas!

Beijos e até a próxima!

Por Babih Hilla.

"Inferior é o car*alhº", de Angela Saini

E aí, tudo certo? Aqui está meio complicado. Estou com uma gigantesca ressaca literária e não consigo dar conta de minhas leituras ultimamente. Acho que coloquei certa pressão nesse projeto e esqueci que leio por gostar e não por obrigação. Mas uma hora volto a produzir num ritmo apropriado. 

Ao assunto então. “Inferior é o car*lhº”, é mais um DarkSide pra lista de resenhas e um a menos na lista de "quero ler". Na linha Crânio, a editora amplia seu catálogo com obras que nos faz refletir sobre a sociedade e seus indivíduos, lidando com temas mais cabeça (crânio, cabeça… hã hã? Hilário, não é? Tá, parei…) e aquecendo um pouco meu coração, porque mesmo que eu não atenda, não tenha consultório ou trabalhe na área ainda possuo graduação em psicologia e acho o ser humano objeto de estudo fascinante. 

Angela Saini nos presenteia com esse levantamento histórico que ajuda a entender como a sociedade patriarcal consegue complicar ainda mais a compreensão de si mesma, colocando barreiras constantes entre os sexos. 

 

Com embasamento e pesquisa primorosos, temos provas (mais para aquele seu parente religioso intolerante que faz arminha com a mão e se acha o dono da razão, pois pessoas com um mínimo de sapiência já sabem) que as mulheres são rebaixadas desde sempre.   

 

Pesquisas científicas foram e ainda são manipuladas visando diferenciar os sexos. Não entenda errado, pessoas são diferentes, o ponto é que forjar pesquisas científicas, visando colocar barreiras no desenvolvimento feminino (citando só um dos numerosos problemas resultantes dessa falta de ética), atrasa o desenvolvimento humano. 

 

Faz tempo que li sobre o "fato" que mulheres são emotivas e homens racionais, por exemplo. Angela reparou na total falta de princípios, vulgo “forçação de barra” (machismo também, claro) em pesquisas usadas para colocar barreiras entre gêneros, por tratarem de amostragens ínfimas ou simplesmente porque o pesquisador queria atenção em algum congresso ou até no meio científico no geral. 

 

Por favor, não entenda mal. A ciência é e sempre será importante para nosso desenvolvimento e conhecimento. O problema é que alguns "profissionais", sem nenhuma ética e por 'N' motivos, teimam em colocar diferenças inexistentes, rótulos em mulheres e homens que nos afastam e limitam o entendimento de nós como indivíduos e como grupo. 

 

“Inferior É O Car*alhº”, é uma obra excelente para abrir os olhos de todos que ainda não enxergam o machismo estruturado, fortemente enraizado desde séculos atrás no mundo. 

 

E vocês o que pensam sobre essa temática? Já leram a obra? Comentem aí! 

 

Até a próxima! 

 

Por Thiago Natus.