E aí, tudo certo? Aqui está meio complicado. Estou com uma gigantesca ressaca literária e não consigo dar conta de minhas leituras ultimamente. Acho que coloquei certa pressão nesse projeto e esqueci que leio por gostar e não por obrigação. Mas uma hora volto a produzir num ritmo apropriado.
Ao assunto
então. “Inferior é o car*lhº”, é mais um DarkSide pra lista de resenhas e um a
menos na lista de "quero ler". Na linha Crânio, a editora amplia seu
catálogo com obras que nos faz refletir sobre a sociedade e seus indivíduos,
lidando com temas mais cabeça (crânio, cabeça… hã hã? Hilário, não é? Tá,
parei…) e aquecendo um pouco meu coração, porque mesmo que eu não atenda, não
tenha consultório ou trabalhe na área ainda possuo graduação em psicologia e
acho o ser humano objeto de estudo fascinante.
Angela Saini nos presenteia
com esse levantamento histórico que ajuda a entender como a sociedade
patriarcal consegue complicar ainda mais a compreensão de si mesma, colocando
barreiras constantes entre os sexos.
Com embasamento e pesquisa primorosos, temos provas (mais para aquele
seu parente religioso intolerante que faz arminha com a mão e se acha o dono da
razão, pois pessoas com um mínimo de sapiência já sabem) que as mulheres são
rebaixadas desde sempre.
Pesquisas científicas foram e
ainda são manipuladas visando diferenciar os sexos. Não entenda errado, pessoas
são diferentes, o ponto é que forjar pesquisas científicas, visando colocar
barreiras no desenvolvimento feminino (citando só um dos numerosos problemas
resultantes dessa falta de ética), atrasa o desenvolvimento humano.
Faz tempo que li sobre o "fato" que mulheres são emotivas e
homens racionais, por exemplo. Angela reparou na total falta de princípios,
vulgo “forçação de barra” (machismo também, claro) em pesquisas usadas para colocar
barreiras entre gêneros, por tratarem de amostragens ínfimas ou simplesmente
porque o pesquisador queria atenção em algum congresso ou até no meio
científico no geral.
Por favor, não entenda mal. A
ciência é e sempre será importante para nosso desenvolvimento e conhecimento. O
problema é que alguns "profissionais", sem nenhuma ética e por 'N'
motivos, teimam em colocar diferenças inexistentes, rótulos em mulheres e
homens que nos afastam e limitam o entendimento de nós como indivíduos e como
grupo.
“Inferior É O Car*alhº”, é uma
obra excelente para abrir os olhos de todos que ainda não enxergam o machismo
estruturado, fortemente enraizado desde séculos atrás no mundo.
E vocês o que pensam sobre essa
temática? Já leram a obra? Comentem aí!
Até a próxima!
Por Thiago Natus.
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