segunda-feira, 25 de maio de 2020

Comparação: a vilã da humanidade


O ser humano é uma criatura incrível, mas infelizmente muito influenciável. As pessoas passam mais da metade da vida se comparando com as outras, deixando de lado o fato que cada sujeito é único e tem particularidades: morais, intelectuais e estéticas.

Reportagens demonstram que muitos jovens cometem verdadeiras loucuras para alcançar os "padrões de beleza" desejáveis na sociedade. A mídia induz as crianças a sonharem com esse padrão, o que por vezes pode prejudicar o trabalho das escolas de fazer com que os pequenos desde cedo convivam com as diferenças, respeitando e compreendendo, uma vez que cada ser humano é único e aprender a aceitar isso é um dos primeiros passos para uma sociedade harmônica.

O defeito que quase todo sujeito tem de se comparar com outro traz a tona uma questão muito importante para o homem: a sua individualidade, característica inerente de cada ser, que vem sendo lesada desde tempos remotos por extremismos ideológicos.

“[...] o homem poderá fazer uso consciente do seu livre arbítrio, resgatar a sua vida [...]”, vida que está aprisionada, por vezes imperceptivelmente,  em paradigmas egocêntricos.

Antes de continuar, quero deixar bem claro, que não estou criticando a identificação do indivíduo com algum grupo que seja determinado por um padrão, pois essa é outra característica essencial para a convivência do sujeito na sociedade, que é a identificação com alguém que possua os mesmos gostos que ela.

O ponto de impacto aqui é a comparação nociva, por exemplo: “Eu não tenho  um corpo desejável como a fulana tem” ou então, “eu queria ser como o ciclano”. Isso é um verdadeiro veneno para o bem estar da pessoa, é um desrespeito a própria individualidade, ao modo de ser, de cada um. Uma pessoa que não ama a si mesma está destinada a ter uma vida frustrada.

“O esquecimento de si mesmo equivale a uma escura masmorra psicológica, onde involuntariamente cada um encerra seu próprio espírito” (PECOTCHE, 2009 p. 12).

Ninguém vai lutar por você, por isso se ame do jeito que você é, seja como for, mas isso, porém não quer dizer que deva se conformar com a situação. Dê sempre o melhor de si, e lute por seus sonhos, acreditando em seu potencial.

Quem acredita em si mesmo pode tudo.

Texto baseado em trechos do livro: PECOTCHE, Carlos Bernardo González. Curso de iniciação logosófica: Estudos práticos dos conhecimentos que o integram. São Paulo: Logosófica, 2009.

Fonte de imagem: https://medium.com

5 comentários:

  1. Perfeito! As pessoas se preocupam muito com a opinião e com o que os outros pensam e acabam não sendo felizes, sempre tentam agradar ou tomar decisões para ter aprovação alheia tentando criar uma imagem perfeita, mas ninguém é perfeito e não precisa fazer o que não lhe faz bem, pois isso causa um desgaste emocional.

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  2. Boas observações! Muito desgaste emocional. Ainda mais quando a pessoa se compara e tenta alcançar tal padrão e não consegue.

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    1. Verdade! Precisamos pensar mais no que gostamos sem se preocupar com a opinião dos outros. Até porque, muitas vezes a opinião não é verdadeira

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  3. Gostei da reflexão! As redes sociais infelizmente potencializam demais essas comparações! Mas ainda bem que também podemos tirar bons frutos do seu uso, como discutir livros e ideias... bem mais interessante do que ver o exibicionismo que as pessoas mostram por aí de si mesma. Amor próprio é bom, mas quando você se ama para si e não para os outros...

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    1. Infelizmente, é verdade! Potencializam sim e as vezes é uma realidade falsa e a quem acompanha nem sabe. É preciso mais amor próprio.

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